Translate

domingo, 19 de abril de 2009

Histórias

Férias? Evolução? Definitivamente SIM.
Por livre e espontânea "necessidade" fiquei sem férias por um período ininterrupto de 8 anos.
Período em que me alimentava e respirava da/pela e para empresa.
Com alicerces sedimentados e com a empresa sadia, não havia mais a necessidade deste tipo de loucura (work a holic).
Meu sócio e amigo P.H. atentou-se a meu desequilíbrio e chamou-me para uma conversa.
Alertou e me conscientizou da situação. Orientou sobre os benefícios e a necessidade das férias. Recarregar energias, o quão positivo era voltar com força total e obter melhores resultados . 
Falei sobre a dificuldade de me desconectar e me sugeriu que fizesse algo extremamente novo, diferente, que me tirasse completamente da rotina... Que tal surf?
Comprei a idéia e uma prancha, coloquei-as no carro e parti em direção ao litoral norte. Estava animado e por consequência estendi o percurso que inicialmente era até Ubatuba para Ilha Bela.
Chegando lá notei a gafe. Ilha Bela realmente é um paraíso, não do surf.
Resultado: Fiquei 15 dias. Trabalhei pelo laptop e telefone em quase todos, ou seja, não desconectei.

Dividi a questão com outro amigo, Cláudio Ortiz e ele me recomendou comprar uma moto. Argumentou que para pilota-la teria obrigatóriamente que prestar atenção em tudo e a tudo. Sendo assim, estaria inevitavelmente conectado a ela e com o meio (estrada/rua). Seria improvável fugir a isso e impossível estar conectado com outra coisa ao mesmo tempo (moto X trabalho).
"Se não acontecesse, se eu conseguisse trabalhar enquanto pilotasse a moto, era melhor procurar um profissional (médico/psiquiatra). Talvez ele me ajudasse ou estudasse, porque não era nada normal ", comentou.
Achei pertinente e coerente a linha de raciocínio. Divagamos sobre outra questão à respeito do assunto: que estilo de moto eu deveria comprar? Aproveitamos que estavamos com outros amigos e perguntamos a todos. Speed / Custom ou Big trail?
Depois de divertidíssimas brincadeiras à respeito de minha conduta e da questão  chegaram a uma conclusão unânime: Big Trail.
 
Mais uma vez escutei conselhos de pessoas próximas e cuja intenção eram as melhores possíveis. Totalmente livre de interesses, ou melhor, com apenas um: ME AJUDAR.
Comprei então a primeira moto para esta finalidade - Super Ténéré 750 ( Még ) na loja Steel Horse. "Por acaso" ela estava patrocinando um passeio para Festa do Peão de Americana e fui convidado. Prontamente aceitei.
Dois dias depois, lá estava eu em minha primeira aventura de moto.
Durante a viagem conheci os amigos, hoje irmãos, Fuad Aidar Jr e Rogério Yapudjian.
Afirmo convictamente - ali comecei a deliciar a VIDA. Grandiosas histórias, curisosos e exuberantes lugares, fantásticas aventuras...

Seguem abaixo links que darão acesso a FOTOS e algo mais deste riquíssimo momento e de alguns outros:
1. Fotos de viagens - Aurélio
2. Divagações ou "viagens"?

Agradecimentos mais que especiais aos amigos P.H., Cláudio Ortiz, Rodrigo Tomei e a meus irmãos Fuad Aidar Jr e Rogério Yapudjian, responsáveis por minha inserção neste mundo maravilhoso.

Amir Klink ilustra em uma singela frase o que representa isto na vida de algumas pessoas, eu me incluo neste roll - aventureiros desbravadores.
“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos e não simplesmente como é ou pode ser... é preciso questionar o que se aprendeu. É preciso ir tocá-lo”.  Amyr Klink (Mar sem Fim)